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CONAB VAI LEILOAR MAIS DE 50 MIL TONELADAS DE MILHO PARA "TESTAR" MERCADO

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou ontem que fará mais um leilão para vender estoques de milho, na próxima terça-feira, 23. Serão ofertados mais 50 mil toneladas do cereal, numa estratégia do governo para medir a real demanda do mercado, disse ao Valor o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller.
O leilão será voltado exclusivamente para produtores rurais, criadores de aves e suínos de todo país interessados. Num primeiro lote, serão disponibilizadas 9,497 mil toneladas, e no segundo, mais 40,502 mil toneladas.
 
Além dos produtores, a indústria de carne de frango vêm tendo suas margens pressionadas pela cotação interna do milho no Brasil. Empresas como a JBS e a BRF já vêm importando milho de outros países, como Argentina e Paraguai, desde o início do ano passado, para tentar amenizar o impacto da disparada dos preços do milho.
“Estamos fazendo mais um leilão para avaliar se realmente está faltando milho no mercado, para medir isso, porque no leilão passado vimos que não tem falta”, afirmou Geller.
Na semana passada, foram negociadas apenas 32% das primeiras 50 mil toneladas de milho ofertadas pela Conab. A baixa procura pelos estoques públicos do produto causou surpresa na Pasta da Agricultura, que resolveu lançar mais um leilão a título de “teste”, disse Geller. “O resultado do leilão passado quer dizer que ainda tem milho no mercado”, concluiu o secretário.
Geller também lembrou que no próximo dia 1º de setembro a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) deve se reunir para decidir se autoriza a importação de milho transgênico dos Estados Unidos, a pedido da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade que reúne as principais empresas de carne de frango e carne suína do país. A ideia da indústria é aproveitar o período de isenção do imposto de importação para trazer milho americano, que vai até 19 de novembro. Em abril, a Câmara do Comércio Exterior (Camex) zerou essa tarifa de importação para até 1 milhão de toneladas.
Fonte: Valor Econômico