Na última segunda-feira(30), estiveram reunidos na sede da ASEMG, suinocultores, avicultores e políticos para ouvirem experiências de dois modelos de negócios conduzidas pelos senhores Rodolfo Cabrini, diretor executivo da Cooperativa Agropecuária Central Rede de Abastecimento e Hudson de Carvalho da Silveira CEO do Grupo Unifrango. O objetivo das entidades mineiras foi o de discutir com dois experientes executivos as formas de funcionamento, dificuldades e benefícios que a realização de uma compra conjunta pode levar aos setores de aves e suínos de Minas Gerais.
A primeira palestra foi com o Rodolfo Cabrini que narrou os 3 anos de existência da Cooperativa Agropecuária Central, detalhou o dia a dia e as operações da instituição e salientou que a mesma foi criada através da união de outras cooperativas e com o apoio do Sebrae, declarou que os maiores desafios estão em fazer com que todas as lideranças consigam pensar de forma conjunta, mas que os benefícios aos produtores e aos setores como um todo são substanciais.
A segunda explanação foi do CEO da Unifrango, Sr. Hudson de Carvalho da Silveira que explicou seu modelo de negócio e que também contou um pouco da trajetória de 15 anos da Unifrango e destacou que confidencialidade, estratégia e a contratação de um grande time de profissionais são primordiais para o sucesso de um negócio que tem por objetivo levar vantagens competitivas e financeiras aos associados da companhia. Hudson também detalhou o passo a passo das operações da Unifrango e encerrou sua fala com palavras de incentivo aos produtores de aves e suínos mineiros.
Após as apresentações, o presidente da AVIMIG, Antônio Carlos Vasconcelos da Costa falou aos presentes. ” Nós temos muito a caminhar, esperamos que tenhamos algo palpável em pelo menos 6 meses, precisamos estruturar o modelo que será bom para todos os envolvidos. As formas de mercado de aves e suínos em Minas são um pouco diferentes, a avicultura é quase que 95% integração, já na suinocultura os números são opostos ai está um dos nossos desafios, ajustar uma central de negócios que atenda as necessidades dos dois setores” disse o presidente.
O superintendente de política econômica e agrícola de Minas Gerais, João Ricardo Abanez, que também faz parte do comitê do milho esteve presente ao evento e proferiu algumas palavras. ” Iniciamos os trabalhos do comitê do milho discutindo a viabilidade de transporte via linha férrea dos grãos. Para sermos mais assertivos vamos precisar, e muito, da parceria do produtor, já que de posse de informações como origem, destino, frequência e quantidade de grãos necessários para cada polo de Minas já teremos uma maior noção do porte dos negócios a serem desenvolvidos. Estas informações já começaram a ser coletadas pela ASEMG e AVIMIG e eu solicito que os produtores respondam o quanto antes a estes questionamentos. São muitos os modelos de negócio que podem ser adotados e com números precisos em mãos a decisão se tornará mais assertiva e a operação mais vantajosa a todos. Aproveito o momento para parabenizar a ASEMG e o Sebrae pelo MERCOMINAS, que acabo de ver em funcionamento. A base de números que os suinocultores têm para tomada de decisão é algo impressionante” comentou o superintendente.
Para o presidente da ASEMG, Dr. Antônio Ferraz, a criação de um negócio que seja vantajoso para todos é imprescindível. “Precisamos nos unir para que tenhamos maior vantagem competitiva e poder de negociação e isso só se dará com o empenho de todos “, falou o presidente.
Segundo Fabiana Vilela, analista de agronegócio do Sebrae Minas, o projeto é bastante arrojado. “O primeiro desafio será fazer com que os produtores e associados entendam o porquê de montarmos uma estrutura única para atender as duas entidades e esse motivo não pode ser a crise, porque um dia ela irá passar e assim a unidade se desfaria. É preciso lembrarmos que será impossível resolvermos o problema do milho de uma hora para outra, as previsões para o ano que vem ainda mostram bastante sufoco. O Sebrae Minas comunga da ideia de trabalhar um modelo de negócios que atenda a todos e fará o que estiver ao seu alcance para que este dê certo, mas o primeiro desafio será a cultura de conjunto a ser implantada no dia a dia dos produtores ” explicou Fabiana.
O comitê responsável pela criação da central de compras voltara a se reunir na primeira quinzena de junho para dar andamento à criação deste negócio.
Fonte: Assessoria de Comunicação ASEMG