fbpx

COMITÊ ESTADUAL DE SANIDADE SUÍNA DE MINAS GERAIS (COESUI) REUNIU PARA DISCUTIR SOBRE INFLUENZA EM SUÍNOS

Na última quarta-feira (01), foi realizada a primeira reunião do Comitê Estadual de Sanidade Suína (COESUI/MG), para discutir sobre as variáveis do vírus Influenza e possíveis formas de ação. O encontro se dividiu em três momentos, e contou com a presença de especialistas da área para conduzir as temáticas.

O presidente do COESUI, Fernando Araújo, iniciou agradecendo a presença de todos e fez um breve histórico do ano de 2022 para a suinocultura mineira: “Foi um ano muito difícil na questão de mercado para a suinocultura, quando o produtor sente na pele a questão financeira a gente fica muito preocupado com questão de saúde dos plantéis e dos custos vitais para sobrevivência. No entanto, temos um novo ano pela frente e temos que ter as melhores expectativas possíveis”, iniciou o presidente.

A Médica Veterinária e Pesquisadora da Embrapa Aves e Suínos na Área de Sanidade Animal/Virologia de suínos, Rejane Schaefer, utilizou da primeira etapa da reunião com uma apresentação de slide esclarecendo os principais aspectos da Influenza A em Suínos e como fazer o diagnóstico.

“A dinâmica da evolução de IAV é determinada pela ecologia do complexo de multi-hospedeiro, estrutura viral e genoma segmentado. Este vírus faz sua contaminação muito rápida no rebanho. Então você consegue fazer a identificação com animais com sinais clínicos, como: febre, anorexia e tosse”, explicou Rejane.

Schaefer também contextualizou o cenário da doença no Brasil: “Desde 2004 fazemos projetos para o controle do vírus. No entanto, o cenário foi se modificando com o passar do tempo, e a disseminação do vírus aumentando cada vez mais, na Embrapa fazemos a atualização e controle dessa contaminação”.

Plano de ação contra Influenza Aviária
No segundo momento do encontro, a Médica Veterinária e coordenadora do Programa Nacional de Sanidade Avícola no Estado, Izabella Hergot, apresentou todo o plano de ação contra a Influenza Aviária realizado pelo Imã,

“Nosso plano de ação é feito em 3 passos: estabelecer normas para a prevenção da entrada do vírus na granja, fiscalizar o comprimento dessas prevenções e atuar no combate direto do IA (Influenza Aviária)”, afirmou a especialista.

Em seguida, Izabella utilizou de slides para detalhar a respeito das etapas do Plano de ação:

  • 1° passo – Estabelecer normas para a prevenção da entrada do vírus na granja: seguir as recomendações da Instrução Normativa MAPA n° 56/2007.
  • 2° passo – Fiscalizar o comprimento dessas prevenções: fazer a vigilância das granjas e conferir sua biosseguridade.
  • 3° passo – Atuar no combate direto do vírus: ao receber uma notificação fazer o atendimento rápido e direto à granja.

A regra geral do programa de sanidade avícola trabalha com a premissa de que qualquer alteração de mortalidade, presença de lesões e sinais clínicos sugestivos de síndrome respiratória e nervosa das aves deveriam ser atendidos imediatamente pelo Ima.

Vigilância Sentinela da Síndrome Gripal
A terceira e última pauta da reunião foi conduzida pela Coordenadora de Programas de Vigilância de Transmissíveis Agudas – Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Bruna Tourinho, que explicou sobre os objetivos da vigilância sentinelas e as atividades programadas.

“Nós temos como objetivo da vigilância sentinela da influenza identificar a circulação dos vírus Influenza e de outros vírus respiratórios de acordo com a patogenicidade, a virulência em cada período sazonal, a existência de situações inusitadas ou o surgimento de novo subtipo viral”, explicou Bruna.

A vigilância da influenza é composta por uma rede bem estruturada nacionalmente e
internacionalmente. Atualmente há 26 Unidades Sentinelas em Minas Gerais, distribuídas nas principais macrorregiões do Estado. No entanto, existe uma proposta de expansão sendo estudada.

 

Por: Ana Clara Parreiras