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CONFIRA MATÉRIA PUBLICADA PELO DIÁRIO DO COMÉRCIO: PREÇO DO ANIMAL VIVO SOBE

Quilo pago ao produtor passou de R$ 2,40 para R$ 2,60 no início do mês, aumento de 8,3%.

Aumento do preço da carne é fundamental para a manutenção da atividade, já que os custos de produção também estão em altaDepois de amargar baixas ao longo das últimas semanas de abril, os preços pagos pelo suíno vivo ganharam impulso ao longo da primeira semana de maio. Em Minas Gerais, segundo dados da consultoria Safras & Mercados, os valores passaram de R$ 2,40 para R$ 2,60 o quilo, alta de 8,3%. O aumento registrado no início do mês se deve, segundo a consultoria, ao período de recebimento dos salários, o que impulsiona a demanda. Mesmo com o incremento, as perspectivas ainda são de cautela em relação à sustentação dos preços.
De acordo com o analista da Safras & Mercados, Felipe Netto, assim como em Minas também foi registrada elevação da cotação do suíno vivo nas principais regiões produtoras do país. O incremento é considerado fundamental para a manutenção da atividade, uma vez que os custos de produção estão em alta, devido à valorização dos grãos usados na alimentação, como soja e milho.
“O mercado brasileiro de carne suína teve uma semana mais positiva em termos de preço e demanda. O início de mês indica um mercado um pouco mais aquecido, devido ao pagamento de salários pelas empresas, o que fez com que as cotações apresentassem recuperação, tanto no atacado quanto no preço do suíno vivo ao produtor”, disse Netto.
Apesar da alta, o cenário que se descortina é que não não há expectativa de incremento muito forte até o final do mês. Isto devido à concorrência com as demais carnes, frango e bovina, que também estão com preços competitivos pela maior oferta no mercado.
“Os preços ainda estão baixos em boa parte dos estados frente ao ano passado, mas gradativamente é possível observar uma melhora mais à frente”, disse.
Segundo a Safras & Mercados, em Minas Gerais o quilo vivo foi vendido a R$ 2,60 entre os dias 3 e 9 de maio, contra R$ 2,40 na semana anterior.
Controle – Segundo dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), os preços mais elevados no Estado foram registrados nas regiões Sul e Sudoeste. O valor máximo pago pelo quilo do suíno vivo alcançou R$ 3,12, contra os R$ 2,76 comercializados anteriormente, o que resultou em alta de 13%.
Na região da Zona da Mata os preços, antes em torno de R$ 2,40 por quilo, subiram para R$ 2,70, aumento de 12,5%. Na região Central o incremento de 8,3% fez com que os preços ficassem em torno de R$ 2,60.
Em relação ao mercado internacional, as negociações no Estado também estão em patamar mais elevado, o que também vem contribuindo para o melhor controle da oferta do produto, o que sustenta a valorização das carnes.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), as vendas da carne suína no exterior, entre janeiro e abril, movimentaram US$ 37,17 milhões, valor 198,41% superior ao vreificado no primeiro quadrimestre do ano passado. Os bons resultados do período confirmam uma tendência de ascensão do produto no mercado mundial.
O desempenho de Minas Gerais foi superior à média nacional.
Os resultados nacionais mostram que as exportações de carne suína no primeiro quadrimestre movimentaram cerca de US$ 434 milhões, retração de 3,6% frente aos resultados obtidos no mesmo período de 2011.
A soma obtida com a comercialização da carne suína no exterior se deve ao aumento dos embarques do produto para 12,9 mil toneladas, crescimento de 143,59%, e do preço médio de US$ 2,8 mil a tonelada, valor 22,51% superior aos praticados no primeiro quadrimestre do ano passado.
Fonte: Jornal Diário do Comércio   Repórter: Michelle Valverde