Confraria ASEMG reuniu associados de todas as regiões do estado.
Na noite do último dia 05 (sexta-feira) a ASEMG reuniu seus associados para a tradicional Confraria ASEMG, evento que marca a entrega das ações do ano e conta com um ambiente de networking e descontração .
O evento reforçou o compromisso da instituição com o sucesso dos negócios de seus filiados e a integração da cadeia produtiva em Minas Gerais.
Durante a Confraria ASEMG, o presidente da entidade, Donizetti Ferreira Couto, destacou as principais vitórias e desafios do ano. “Hoje contamos com a presença de suinocultores dos mais diversos polos suinícolas não apenas realizamos uma festa de fim de ano, mas para celebrarmos um momento de encontro, de companheirismo e de reconhecimento mútuo. Reunidos, reafirmamos o valor da nossa coesão setorial e a força de uma cadeia que aprende, evolui e entrega resultados.
Minas Gerais, por sua dimensão e capilaridade, exigiu de nós inovação e presença. Por isso, há tempos adotamos Bolsas de Suínos em formato híbrido e online. A tecnologia não substitui o abraço, mas encurta distâncias, amplia a participação e assegura que mais vozes contribuam com a construção coletiva de decisões. Cada opinião que chega à nossa mesa é considerada. E ainda falando da Bolsa , quero registrar, de modo especial, nossa parceria com a AFRIG. Essa aproximação tem sido exemplar. Estamos, a cada semana, mais alinhados, falando a mesma língua, buscando convergência responsável. Em 2025, até hoje, realizamos 49 sessões da Bolsas de Suínos; em 42 delas, alcançamos acordo de preço, um índice extraordinário, que demonstra maturidade e confiança entre os elos. Nas sete sessões em que o consenso não foi possível, observamos um equilíbrio que nos orgulha: em três, o mercado evoluiu para o patamar defendido pela AFRIG; em outras três, para o valor sustentado pela ASEMG; e uma permaneceu em nível intermediário. Não há melhor síntese do que buscamos: equilíbrio, previsibilidade e respeito mútuo.
E encerrando este tema, convido a cada um de vocês a serem ainda mais presentes em 2026, em nossas reuniões, a participação de todos é imprescindível para que tenhamos um balizamento conciso nas nossas reuniões
Também celebramos um ano muito positivo para a suinocultura mineira. 2025 nos permitiu atravessar as semanas sem prejuízo, refletindo uma combinação de fatores favoráveis, da dinâmica de custos às condições de demanda e, sobretudo, refletindo o esforço dos produtores. Enfrentamos desafios: impactos da gripe aviária no ambiente de proteínas, efeitos tarifários e ajustes conjunturais. Mas superamos cada um deles com serenidade e coordenação.
Mais do que isso: abrimos caminhos. Quem imaginaria, há pouco tempo, Minas Gerais enviando suínos para o Mato Grosso e para o Paraná? A expansão de destinos é prova da competitividade dos nossos produtores, da eficiência da nossa indústria e da confiança que o mercado deposita na qualidade do que fazemos. É grande a nossa responsabilidade e é grande, também, a nossa vontade de seguir avançando.
Não ignoramos, contudo, as questões que exigem vigilância permanente. A agenda regulatória ambiental passa por mudanças, e seguimos atentos e atuantes. E já antevemos, para 2026, um desafio que já vem nos demandando articulação desde já: a elevada concentração de feriados e emendas tende a reduzir o ritmo de abates em patamar estimado entre 12% e 20%. Essa retração é preocupante não apenas para a sustentabilidade econômica do setor, mas para a segurança alimentar. Projeções apontam potencialmente 28 dias sem abate e isso sem considerar eventos extraordinários como Copa do Mundo, calendário eleitoral ou outras paralisações acessórias.
Diante desse quadro, nosso caminho é o do diálogo e da solução técnica. Seguimos de mãos dadas com a AFRIG, ABPA, ABCS e em interlocução com entidades parceiras e com as autoridades competentes: MAPA e IMA, entre outras , para construir alternativas que mitiguem os impactos sobre a cadeia. É fundamental que as áreas sanitárias e de inspeção estejam conosco nessa agenda, afinando procedimentos e calendários, de modo a preservar o abastecimento, evitar sobressaltos operacionais e resguardar o resultado de produtores, indústrias e, sobretudo, da sociedade que atendemos.
Nossa mensagem é simples e firme: não há antagonismo entre os elos. Produtores e frigoríficos compartilham desafios, dividem responsabilidades e constroem, juntos, soluções. A fortaleza do setor está na cooperação, na previsibilidade e na confiança, valores que demonstramos ao longo deste ano e que levaremos, com ainda mais convicção, para 2026. Agradeço a todos os que, com trabalho e serenidade, fizeram deste um ciclo de conquistas.
