Ana Clara Parreiras
recente alta no preço do quilo do suíno vivo tem causado uma onda de impacto positivo em Minas Gerais, refletindo uma tendência que está moldando o mercado da carne suína em todo o Brasil. O aumento dos preços tem sido notável nas últimas semanas, e analistas apontam para uma combinação de fatores que impulsionaram essa elevação.
De acordo com Alvimar Jalles, consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais, o cenário atual reflete um momento favorável para o setor, mas também carrega implicações. “Estamos vivendo um bom momento que iniciou a partir do aumento das exportações brasileiras de carne suína e intensificou-se aceleradamente, ultrapassando preços históricos poucas vezes alcançados”, destacou ele.
Fatores que impulsionam a alta
O aumento nos preços pode ser atribuído a uma série de fatores interligados. Em primeiro lugar, a demanda internacional por carne suína brasileira tem registrado um crescimento robusto. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) indicam que as exportações de carne suína cresceram 12% no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A seca prolongada em algumas regiões do Brasil afetou a produção de grãos, levando a um aumento nos custos de alimentação dos suínos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o custo de produção de grãos subiu 8% no segundo trimestre de 2024.
Impactos no mercado em Minas Gerais
Para os produtores de Minas Gerais, essa alta nos preços é uma oportunidade para aumentar suas margens de lucro. O consultor Alvimar Jalles também aponta que a alta dos preços pode estimular investimentos em melhorias na cadeia produtiva, como tecnologia e processos mais eficientes, contribuindo para a sustentabilidade e o crescimento do setor a longo prazo.
Embora o momento atual seja de alta, os analistas do setor ressaltam que o mercado é dinâmico e pode sofrer variações com o tempo. A continuidade do crescimento nas exportações, bem como a estabilidade dos custos de produção, será crucial para manter os preços em níveis elevados. O Centro de Estudos Avançados em Economia Agropecuária (CEAE) prevê uma possível estabilização dos preços até o final de 2024, dependendo da evolução dos fatores econômicos e climáticos.
Em resumo, a alta no preço do quilo do suíno vivo em Minas Gerais é um reflexo de um momento favorável para os exportadores e produtores. O cenário continua a evoluir, e todos os setores envolvidos devem se adaptar às mudanças para garantir uma continuidade equilibrada no mercado de carne suína.