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MINAS BUSCA INVESTIMENTO INTERNACIONAL PARA PROJETO DE DESCARBONIZAÇÃO

ASEMG, SEBRAE Minas e AVIMIG encabeçam o projeto

 

Entendendo que o único caminho possível para uma produção sustentável nos âmbitos ambientais e financeiro para a cadeia produtiva de suínos, a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), em parceria com o SEBRAE Minas, busca, há cerca de seis anos, a criação de um projeto que consiga atender a estes dois fatores. “Uma das missões da nossa entidade é buscar as melhores oportunidades aos nossos associados e esse é um projeto ousado e bastante importante. O caminho tem sido árduo, e entendemos que será longo, porém acreditamos nos resultados”, comentou o presidente da ASEMG, João Carlos Bretas Leite.

Em busca de recursos para entendermos a real viabilidade, o projeto mineiro se candidatou à iniciativa “Biomethane from agricultural waste for decarbonisation in hard-to-abate sectors – Brazil”, trata-se de uma chamada global para programas transformadores de descarbonização em setores específicos e para apoiar países em desenvolvimento nos seus objetivos. “Estamos buscando apoio financeiro para a realização de um estudo de viabilidade técnica e econômica de produção de biometano e derivados a partir do biogás produzido nas granjas. A primeira região escolhida foi Uberlândia. Apresentamos o potencial de produção, considerando o plantel tão expressivo naquela região. Passando a primeira proposta, caso seja positivo, teremos condições de elaborar esse estudo de viabilidade para 2025 contribuindo assim para o setor”, explicou Fabiana Vilela, analista do agronegócio pelo Sebrae Minas.
Na última quinta-feira (03), as entidades defenderam o projeto junto aos investidores internacionais e demonstraram a importância do mesmo em relação às comunidades do entorno, à descarbonização e aos setores produtivos. “Esta é uma oportunidade ímpar para a suinocultura mineira. É um projeto piloto que pode transformar nossa forma de lidar com os resíduos”, disse Vladmir Fortes, conselheiro ASEMG, responsável pela defesa do setor em meio à banca internacional.

“Hoje, o Brasil utiliza apenas 5% de seu potencial de biogás/biometano. Estamos buscando investimentos com o intuito de que esse potencial seja incrivelmente maior em Minas. Nossa intenção é que consigamos descarbonizar, produzir mais energia limpa ou até mesmo combustível, levando assim desenvolvimento para a população, produção sustentável e economicamente viável aos nossos associados”, explicou Bianca Costa, gerente executiva da ASEMG.

Fabiana também destacou: “No dia 8 de outubro, foi aprovada a Lei do Combustível do Futuro, sancionada pelo presidente da república. Este é o maior programa mundial de redução de emissões de gás carbônico, incentivando a produção de combustíveis renováveis como biodiesel, SAF (combustível renovável de aviação) e biogás. A sanção dessa lei é muito importante, pois traz segurança jurídica para todos os players envolvidos: produtores rurais, indústria, centros de pesquisa e investidores. Estima-se que mais de dois bilhões de reais sejam investidos nessa nova bioeconomia, o que gera uma oportunidade ímpar no aproveitamento dos dejetos animais para a produção de biogás e derivados como biometano. A aprovação da lei também traz investimentos públicos e privados, fortalecendo toda a cadeia produtiva. Temos a convicção de que o projeto dará certo e que teremos aqui em Minas Gerais um projeto exitoso na composição do Combustível do Futuro.”

Nos próximos meses, teremos o resultado desta primeira parte do processo de prospecção de fundos. Temos esperança de que ela seja positiva e possamos iniciar os processos do projeto, que, na primeira fase, contará com um estudo de viabilidade.